Exatamente, já tentei me enquadrar. Já tentei me enquadrar em vários esquemas , mas não deu, tudo muito chato. Pelo menos para mim. Desde quando o evangelho entrou na minha vida, tenho sempre feito com que o inconformismo seja a minha bandeira e a crítica, seja a forma mas saudável de desconstruir para reconstruir. Tento perceber se aquilo que é colocado como “real” é verdadeiramente “real”.
Por vezes é meio chato, porque na verdade, não me alegro muito com o que vejo . é chato mesmo (Será que Deus acha?)
Real vontade ? Um misto de “glorificar” a causa e “explodir” a causa. As tais “obras maiores” , saca ?
Sigo para o alvo.
Como disse, tentei me enquadrar. Mas na realidade, não deu.
Recebi um Jesus reciclado demais. Reciclado por Paulo, Constantino, Lutero, Calvino, Maquiavel, Condillac , Marx, Weber...Foda cara, muito foda !
E esse Jesus é ruim demais .
(Se eu estivesse andando pela praia, e achasse um “evangelho”, eu não descobriria um Jesus diferente desse ?)
Já tentei ser crente. Mas detesto domingo cara. Pra mim domingo não é santo coisa nenhuma. Na boa, dá licença.
Eu acho que cristianismo é fundamental para eleger líder à vereador, para acumular dinheiro e excluir pessoas. Precisamos do evangelho ! Não de cristianismo !
Pessoas de verdade, problemas de verdade...
E nesse cristianismo, que é nada mais , nada menos que politicagem barata e padronizador, não há lugar para os que não tem alternativa. É triste...
Mas o evangelho, o evangelho verdadeiro de Cristo, esse sim há vagas para todos. Todos os maltrapilhos, todos o os “sem futuro” ...
Nesse evangelho, eu me achei . Nesse evangelho, encontrei o amor que me emboscou em uma caverna sem saída da minha própria existência. Não tive para onde correr.
Desviei o rumo da minha vida para Jesus. Mas não porque tenha medo de alguma coisa, não porque preciso de alguma “muleta”, ou porque queira que minha vida “dê certo”, mas porque esse Jesus, é grande demais.
Meu Jesus hoje é outro. É bem maior, é mais acessível .
Samuka
*Trecho da música “Meu mundo é o barro” de O Rappa.
(Ao som “Shekinah Rap – Geração que está nas ruas” )
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