segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ser e Viver .








Como religião , entendo uma idéia política de se fazer com que pessoas se tornem coisas, a partir da premissa que , por controle de desejos, é por vezes , atrofiada a vontade de viver e ser.

Ao contrário do pensamento contemporâneo do “ter” , o “ser” e o “viver” , que contém o desejo primitivo de satisfação em nos relacionarmos com nós mesmos, com os iguais e com todo mais que existe nesse cosmos, nos permitem existir em plenitude.

A religião, que traz a regra do “não” , ao dizer “não” ao prazer , deu ao corpo, a imagem que todo pedófilo, estuprador, violentador e psicopata precisa para se saciar; Pois o corpo, em sua saúde vital, é uma festa. E não uma anomalia, como se é pensado.

A religião , deu barba e cajado para deus; E hoje , condena os seios e o clitóris; Diz que é coisa do diabo...

A religião, impede que vejamos que o primeiro milagre do Cristo, foi transformar água em vinho, em uma festa, aonde todos já estavam bêbados, em uma festa, como o casamento, que afirma perante todos, a certeza do amor, da vida e da cumplicidade.

A religião , principalmente a ocidental, colocou uma auréola dos deuses tutelares romanos, um manto branco de druida céltico, uma barba de germânico e olhos de noruegueses em Jesus.

No filmes sobre a vida de Jesus, o Cristo ganha movimentos e fala de robô, e parece assim , quase sem querer, que está em transe budista( Não tenho nada contra o budismo, mas pelo contrário, admiro) .

A imagem do Jesus ocidental, branco e claro, desenhado pela religião, exclui o negro, o preto, o mulato, o pardo, o indígena e o latino de todo e qualquer contexto de protagonização.

Não era Jesus do Oriente Médio ? Não era para Jesus ser então, um pouco mais escuro do que de costume ?

COISAS DA RELIGIÃO !!!

A religião é um trilho, e só anda quem tiver a capacidade e a covardia de ter o encaixe perfeito.

Entre todas as filosofias que percebo, a única que me chama atenção, é a de viver fora do abrigo e consolo espinhoso da religião.

Escolhi viver entre os braços do Cristo, que veio me trazer “vida em abundância”, reforçando a idéia do “ser” e do “viver “, me libertando da idéia do “não”, e me cativando muito mais pela idéia de me ensinar a viver , e não pela idéia de me ensinar a morrer.



Na resistência,

Na revolução,


Samuka.

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