Egipcyo (Samuel F.)
Sempre na resistência ...
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
* Peris Harmatias : A História de Um Pai que Matou Seu Filho
" Porquanto, aquilo que a Lei fora incapaz de realizar por estar enfraquecida pela natureza pecaminosa, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do ser humano pecador, como oferta pelo pecado. E, assim, condenou o pecado na carne."
( Romanos 8:3 , Bíblia King James Atualizada)
Sempre se fala da morte de Cristo como se fosse algo simples e natural, dando principalmente aos homens, nesse caso os traidores judeus e os assassinos romanos ( e os omissos discípulos), uma responsabilidade extremamente cruel.
Na maior parte do ensino ou da encenação da expiação pelo sangue e morte de Cristo, o calvário é algo armado e realizado somente por desfechos humanos e naturais.
Certamente que Jesus, cumpriu integralmente a relação de Yahweh, o Deus Todo Poderoso e Suficiente, como o "Verbo que e sempre esteve com Deus mas se fez carne" , e essa missão não foi nada simples, pois o maior mistério está na relação sem pecado desse Verbo que se reduziu ao ser humano.
Deus, ao se identificar com o homem, se relaciona de modo transparente e eficaz, comeu e bebeu, dormiu e acordou, teve desejos e fraquezas, propenso ao frio e ao calor, se fez fraco, e sentiu na pele o que era ser mortal .
Entender que Cristo se fez carne é fácil. Entender essas relativizações que Deus se entregou como Filho e Homo Sapiens, nossa mente consegue absorver e processar, mas o que mais nos alucina é entender quem matou Jesus não foram os romanos. Nem os judeus. Nem a omissão de seus discípulos. Quem foi responsável pela morte Jesus não foi Pilatos, Caifás, Judas ou Barrabás. Quem foi responsável pela morte de Jesus foi Seu Pai.
Deus matou Jesus !
Deus enviou Seu Filho para a morte. Deus matou Seu Filho para que a morte, o pecado e o inferno saciasse sua fome, e entendesse que nós, todos aqueles que quisessem ser salvos e redimidos alcançassem em através de Cristo o livramento. Deus ofereceu tudo o que tinha. O melhor que tinha para mostrar para todos e tudo que o Seu amor não é apenas uma palavra, mas é uma posição que não muda e que não pode ser relativizada por instituições ou dogmalismos.
Deus afrontou uma eternidade de perdição e sofrimento , como sofrimento de Seu Filho em uma cruz suja feita para um criminoso. Deus não preparou somente a um útero para Jesus, Deus preparou cada chicote, cada cusparada, cada insulto, cada esbofeteada, cada prego, cada espinho de sua coroa e uma cruz desumana para Seu Filho. Deus preparou a morte de Jesus. Uma morte sofrida e humilhante, para que o Pecado não reclamasse de nada, e assim como Adão permitiu a separação espiritual, Jesus se fez o reconciliador , e conduziu essa conexão com sangue e morte
Temos que entender, de uma vez por todas que Deus matou Jesus por amor de nossas vidas, mas principalmente, por que Ele sabe o que nos espera se continuássemos na morte e na perdição.
Não há salvação na caridade (mesmo tendo que realizá-la), nem na nossa justiça ou na nossa boa educação. Se fosse assim, Deus não insistiria desesperadamente em nos salvar, transformando algo que faz parte da Eternidade e do Eterno (de si mesmo) em um pedaço de carne.
Deus nos chamou em Cristo, não para que andássemos na exigência da Lei, da Natureza Carnal ou do Mundo (não estou falando aqui de estilo musical ou de estilo de roupa), mas Deus nos chamou para a liberdade, para que não ficássemos debaixo da dívida dos padrões que assolam o mundo, que levam a humanidade a morte espiritual, fazendo-nos zumbis, corpos que andam de lá para cá sem perspectiva nenhuma de nada.
Deus nos chama para a eternidade, nos chama dessa vida ilusória para algo mais significante e duradouro.
Fomos reduzidos a inutilidade pelo Pecado e pela Morte, mas Deus nos chamou para Esperança em Cristo,e n'Ele, fomos resgatados. Resgatados não como que por uma boia, pois estávamos mortos no fundo do Oceano, e nenhuma boia ou resgate paliativo seria o suficiente para nos resgatar.
Por isso, Deus matou Jesus, o Pai, matou Seu Filho. Seu único Filho sem pecado.
Aquele que não merecia a morte, foi entregue como o que mais merecesse.
Que Deus nos faço entender isso.
Samuka
* "Peris Harmatias" é uma expressão em grego contida na Septuaginta que significa "Oferta para o pecado", traduzida literalmente do termo Hebraico "Hatta'th" Na maioria das traduçõe
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
O Mar
Desde pequeno sonhei em velejar um barco à velas. Desde sempre sonhei em ter um barco e navegar pelo Oceano. Seja ele qual for.
Na verdade, no início, sempre quis velejar o rio que corta minha cidade. Mas com o tempo percebi que o calado do Rio não é tão profundo assim, e que se eu quisesse velejar com meu barco, precisava de algo mais profundo, mais intenso. Precisava de um calado maior, ao menos que eu tivesse uma máquina de dragagem e fizesse uma intensa operação para aumentar a profundidade do meu percurso náutico.
Revendo isso, percebi que era dispendioso demais passar por esse processo, e resolvi me largar em direção a lugares que fossem mais repletos de água, e principalmente, com maior profundidade para navegar. Um lugar que me levasse ao mar, um lugar com saída para o Oceano, para que assim, eu pudesse me direcionar a realizar os meus sonhos. Na verdade, meu sonho era o próprio mar.
A grande verdade é que sempre estamos velejando, indiferente da situação. O mar, o Oceano, é a metáfora mais certa para a nossa vida, pois nela, encontramos os mais diferentes ventos, direções, climas, monstros, piratas, ilhas, alucinações, calados, e neles, temos que tomar as mais variadas decisões, e as mesmas, geram as mais variadas consequências, das mais complexas até as mais simples. Nesse ínterim, aprendemos a ser quem somos, os velejadores que somos, ou os sobreviventes que somos. Velejamos, velejamos e velejamos, e por vezes, parece que nunca chegaremos aonde queremos chegar. Tomamos água na cara, tempestade no casco, velas se rasgam, mas mesmo assim, mesmo que não tenha um farol para nos apontar a direção, prosseguimos.
Quando navegamos por um rio, as necessidades são bem diferentes das necessidades de se navegar em um canal, uma lagoa, um mar ou um oceano. As técnicas são bem diferentes pelo fato que de que a dificuldade se intensifica. E eu quase que não sabia disso. Na verdade, mesmo tecnicamente nós saibamos disso, só entenderemos na prática, ao navegar, ao perceber que o mar te molha de verdade, e se tu não ficar atento e não conseguir planejar o mínimo que for, ele te engole . Literalmente, ele te mata.
Isso talvez seja a coisa mais importante de se aprender no mar (ou na vida), você morrer a qualquer momento na mesma proporção que você poderá encontrar uma ilha, ou algum porto que você possa ancorar. As vezes, na escuridão no mar (O mar é escuro a noite), o que queremos somente é um farol, algo que nos indique a saída de todo o caos. Outra coisa que aprendemos no mar : As coisas nem sempre saem como planejamos. A bússola nos mostra a direção, mas ela jamais nos mostrará onde vamos ancorar.
Há muitas outras coisas que complementam a metaforização do mar à vida. O canto das sereias, a ajuda de Deus, a traição dos tripulantes, a danificação da nau e etc. Tudo isso se aplica.
O mar é muito maior do que pensamos. Mas sempre esquecemos disso. Pelo fato de que nossos sonhos sejam grandes, não quer dizer que o tamanho do mar diminua. Muito pelo contrário, ela fica ainda maior. E isso quer dizer que nossa atenção deve ser redobrada. Isso quer dizer que temos uma imensidão de mar para velejar e não podemos fugir disso.
O que podemos fazer, é escolher onde queremos velejar : rio, lagoa, canal, aquário, piscina, laguna, tanque de lavar roupas ou o mar.
Mas uma coisa é certa, os navegadores mais perspicazes e valentes, são aqueles que navegaram o mar.
Nunca ouvi falar dos navegadores de piscina.
Samuka.
(Ao som de “ O FURTO – Sangue Audiência “)
terça-feira, 5 de novembro de 2013
:: Sinai's ::
Sinais são fenômenos intrínsecos em nossas vidas. São repetidas manifestações das mais diversas formas que transformam o nosso cotidiano das mais variadas formas. Na natureza, estão presentes nas variações de temperatura, pressão e altitude. Desde o tornado que destrói cidades ao vulcão em erupção que faz com que ilhas se levantem das profundezas do Oceano. No reino animal, sinais são odores, gritos, uivos que interferem nas ações instintivas. Na humanidade, uma greve de trabalhadores pode ser sinal de revolução. Um olhar, pode ser sinal de ternura e carinho. De um “querer” construir algo. Sinal pode ser algo que nos faz parar, ficar atentos ou prosseguir. Assim como um simples traço em uma letra, muda a sílaba, a palavra e toda conotação de uma frase. De modo místico, um sinal pode anunciar presságios, profecias. Começo e final de ciclos. Sinais podem ser tatuagens, cicatrizes, furos, alargamentos e modificações plásticas. Sinais podem ser demonstrações de pertencimento (uma marca), um farol que nos mostra a direção em meio a tempestade, um “neon” aceso que indica que “há vagas”, uma buzina, a chaleira apitando, um coração que acelera de repente, um ponto de solda ou um sorriso.
Sinais, na maioria das vezes, é a linguagem que o desconhecido encontra de se comunicar e se tornar conhecido.
Sinais, é tudo aquilo que nos desperta de nós mesmos.
Sinais, é o ponto culminante, que desliga o piloto-automático e restaura nosso quadro de força vital.
Depois dos “Sinais”, nunca mais voltamos a ser os mesmos.
N' Ele.
Samuka.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Escândalo Para o Mundo
Deus quer escandalizar o mundo através da minha vida.
- Samuel, tua imagem é um escândalo .
- Mas tu não irá escandalizar o mundo através de mim ?
- Tua imagem é escandalosa demais. Tua vida de oração, jejum e leitura é ridícula.
- O que eu faço ?
- Preciso que tu te prepare para "ontem". Leia, ore, jejue. Escandalizarás o mundo com a minha mensagem.
- Qual a diferença dos mártires e eu ?
- Eles me emprestavam a suas bocas. Procuravam me ouvir a todo tempo.
Deus não é Deus de confusão. Ele não fala de modo subliminar. Ele não possui ânimo dobre. Ele não possui subterfúgios ou esquemas. Ele fala de modo objetivo . Ele aponta para o “norte” e quer que naveguemos para o “norte”. Não há plano B. É tudo ou nada . Não há meio termo. Não há meia-boca. No Reino de Deus não há desculpas . Ou você se compromete por inteiro e deixa Ele estragar seus planos, ou entenda que isso não é para você e não perca seu tempo. Ou você se submete aos princípios e a missão ou se renda ao demônio do concurso público. Você se torna um missionário ou assume seu papel de impostor. Ou você torna fiel, maduro e responsável , ou fecha os olhos para o mundo que está ao seu redor. Ou você ora, jejua e se inclina para as Escrituras ou apanha de seus pecados de estimação e do Diabo. E sim , o diabo existe. E quer matar eu, você e todos que você ama e odeia. Ou você entrega sua vida por completo ou pague 10% de dízimo e pense que já está tudo certo. A missão é profunda, é algo forte, é indispensável. Pessoas morrem, pessoas desistem, pessoas enlouquecem, pessoas alcançam pessoas. A missão começa em Deus, gira em Deus e termina em Deus. Ela não traz riqueza. Ela é a riqueza. A missão começou desde o primeiro momento que o Homem e a Mulher se afastaram de Deus. A missão é uma ponte que você passa e depois você coloca fogo nela. É uma espada com 2 fios . Se você se encontra em missão, não se preocupe com o que comer, beber, vestir. Não se preocupe com o transporte. Não se preocupe onde vai dormir. Essa parte é com Ele .
Deus não é homem ou mulher para mentir.
Deus se encontra em missão. E eu também !
terça-feira, 1 de outubro de 2013
O Amor Sofre
Não deve ser nada fácil amar pessoas tão ingratas. Não deve ser nada especial ser traído diariamente. Me pego pensando cotidianamente como deve ser se entregar e apanhar por alguém que não dá o mínimo valor. Logicamente, que podemos até fazer algum sacrifício por alguma pessoa, mas esse pequeno sacrifício só acontece mediante algum outro sacrifício. Sacrifícios por gratidão até que acontece de vez em quando, mas “dar a pele” por alguém que não conhecemos ou que nos fez algum mal, é quase que impossível. No mínimo loucura.
Por isso que talvez o evangelho seja “loucura para aqueles que se perdem” , sua essência consiste em amar quem não merece amor, buscar aquele que é ingrato, querer aquele que não quer nada contigo, acreditar enquanto todos desistiram, sofrer enquanto outros sentem prazer, abençoar aqueles que insistem em te humilhar. Isso é loucura demais, mas o evangelho de Cristo é mais ou menos por aí. Não consiste em coisas fáceis. Mas em coisas que custam e comprometem toda a nossa vida, ao ponto de na maioria das veze, nos levar a morte. Olhe para Jesus e para aquilo que sabemos sobre sua vida. O sofrimento lhe acompanha durante todos os seus passos. Não tem nada de maravilhoso nisso, a não ser o resultado. Devemos estar atentos quanto a isso. Ele disse isso para aqueles que o seguiram ( e para aqueles que desistiram também).
Como se não bastasse, Jesus apanha até os dias de hoje. Seu nome é perseguido e maldito. Maldito porque desafia a consciência humana e nos faz repensar nossa conduta e nossos conceitos de vida. Jesus rejeita tudo que é nosso. Nosso orgulho, inveja, maledicência, medo, autoconfiança, religião, maldade, desesperança, preconceito, contratos, desrespeito e injustiças.
E ele rejeita tudo isso pelo o seu amor e entrega. Pelo seu evangelho, graça e morte, nos mostra o exemplo. Nos indica o caminho de perseverança e sacrifício. Pelos outros. Não por nós. E isso é todo diferencial. Jesus sempre pensa no outro e como esse outro é importante para Deus. E faz tudo isso sem esperar um salário ou bonificação.
Jesus sofreu e sofre por amor.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Ele veio nos trazer Vida e Vida com abundância. Veio nos trazer a verdadeira vida, que é a Vida d'Ele, a Vida real espiritu al. A nossa vida, não é Vida. A nossa é perca de tempo, pobreza, doença e insensatez . Vitupério e podridão. Ele veio nos resgatar de nós mesmos, de nossas angústias.
Estamos n'Ele !
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